Ciúmes
‘Resolve ou eu resolvo’, ameaçou mulher antes de matar namorado e amiga
Polícia afirma que o caso não se trata de acidente de trânsito, mas de homicídio qualificado.
Geovanna Proque da Silva, de 21 anos, ameaçou o namorado minutos antes de atropelar e matar o jovem e uma amiga dele, na madrugada do último domingo, 28, na zona sul de São Paulo. Em mensagem enviada por WhatsApp, a mulher escreveu: “ou você resolve ou eu resolvo”, segundo relato de uma amiga da vítima à polícia.
A mensagem foi enviada por volta das 2h, enquanto Raphael Canuto Costa participava de um churrasco em casa. De acordo com testemunhas e com a investigação policial, a presença de mulheres no local teria despertado ciúmes em Geovanna.
Pouco depois da ameaça, Geovanna foi até a residência do namorado acompanhada da madrasta. Raphael tentou impedir a entrada da companheira para evitar uma confusão e, em seguida, saiu de moto para dar uma volta. Durante o trajeto, ele encontrou a amiga Joyce Correa da Silva em uma adega próxima e a convidou para seguir com ele.
Ao avistar o namorado com outra mulher na garupa da motocicleta, Geovanna entrou no carro com a madrasta e passou a persegui-los em alta velocidade. A perseguição terminou quando o veículo colidiu contra a moto, provocando a morte de Raphael e Joyce. Um terceiro homem ficou ferido no impacto.
Raphael e Geovanna chegaram a ser socorridos pelo Corpo de Bombeiros, mas morreram ainda no local, antes da chegada da Polícia Militar. Segundo a autoridade policial, os indícios colhidos após o caso demonstram que o episódio “não se tratou de um simples acidente de trânsito”.
A polícia afirma que há elementos que indicam intenção clara e direta de Geovanna em causar a morte das vítimas. Por isso, ela foi acusada por duas vezes por homicídio qualificado por motivo fútil. Segundo o inquérito, os ciúmes ficaram evidentes e o fato de as vítimas estarem em uma motocicleta impossibilitou qualquer chance de defesa.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), a motorista foi presa em flagrante e teve a prisão convertida em preventiva após audiência de custódia. O caso é investigado pelo 37º Distrito Policial (Campo Limpo), que busca identificar e localizar possíveis envolvidos, além de reunir novas imagens e testemunhos que ajudem a esclarecer completamente os fatos.



